Os mantras têm um poder que está além da compreensão da mente e dos nossos sentidos. Se não sabe o que é um mantra, o “Om” é o mais popular de todos, mas existem diversos. Por si só, as palavras de poder entoadas agem em todo o nosso sistema –físico, emocional, mental e espiritual. A vocalização de seus fonemas, por meio do processo de ressonância sonora, ativa determinadas áreas do cérebro capazes de ajustar todo nosso sistema energético.
Porém, o que torna o mantra eficiente e faz com que seja mais que um instrumento físico, é a intenção que se coloca ao cantar ou entoar. É a intenção de quem vocaliza que faz com que o mantra vibre em toda a sua potencialidade, abrindo portas para que nosso ser, quem verdadeiramente somos, possa se manifestar. Em geral, os mantras são nomes de Deus, e cantar os nomes de Deus é uma forma de nos colocarmos no caminho da alegria.
Os mantras são como pérolas das profundezas, heranças que recebemos dos antigos sábios para que nos servissem de ponte para a liberação. Quando você se entrega para a experiência do mantra, entra em um estado que está além do tempo psicológico, um lugar além da mente. Quando tem a chance de cantar com o coração, tem também uma chance de viver a experiência do arrebatamento, que é estar além do tempo e do espaço e além dos domínios da mente.
Os principais instrumentos da mente, que são os pontos de conexão com o mundo dos fenômenos, são nossos cinco sentidos. E o mantra é um poder que nos coloca além desses sentidos, em outro estado. Por isso que, quando o entoamos, a mente não tem mais domínio e podemos experienciar momentos de paz.
Apesar do mantra, por si só, produzir esse efeitos no corpo e na mente, ter consciência do significado dele pode trazer ainda mais potência em sua ação. Ao entoar ou cantar um mantra com consciência, esse cântico se transforma em uma oração. Uma oração de Deus para Deus.